Marcelo Oliveira elogia espírito do time, mas cobra organização para final
domingo, novembro 22, 2015
O Palmeiras praticamente se despediu do Campeonato Brasileiro na noite deste sábado, ao empatar em 1 a 1 com o Cruzeiro, na arena, pela 36ª rodada da competição nacional. Agora, o pensamento do Verdão está todo na final da Copa do Brasil, quando na quarta-feira, às 22h, começa a decidir o título com o Santos.
Depois de mostrar dificuldade para criar e voltar a apresentar problemas na defesa, os palmeirenses melhoraram na segunda etapa, principalmente depois das entradas dos titulares Gabriel Jesus e Lucas Barrios. Marcelo Oliveira aprovou a entrega da equipe, mas admitiu a necessidade de ter mais organização para os clássicos contra o Peixe.
– Acho que o espírito é muito bom. Nós percebemos que é um time que não desiste. Nós passamos pelo Internacional e pelo Fluminense apertados, mas passamos. É um grupo que não desiste, mas que precisa ajustes. Se o Arouca vier a jogar, já preenche mais o meio de campo, já fica melhor a saída. Nesses últimos jogos melhoramos, não estamos dando chutão a não ser que seja absolutamente necessário. Precisamos marcar o Santos muito bem, mas sem deixar de exercer a parte ofensiva – afirmou o treinador, em entrevista coletiva na Arena.
O empate levou o Palmeiras aos 50 pontos, seis atrás do São Paulo, hoje quarto colocado e que neste domingo enfrenta o São Paulo. Com foco todo nas finais da Copa do Brasil, Marcelo Oliveira cobra respeito ao time alviverde e mostrou confiança no título.
– Tem sempre que fazer ajustes. O grupo foi contratado todo esse ano, com o trabalho de cinco meses do técnico, nesse percurso com muita contusão. Mas não chegou à final por acaso. Se tiver o pessimismo de achar que não vai dar, temos que pegar a mala e ir para casa. É difícil, o Santos é muito bom, mas vamos trabalhar muito e dá – disse o técnico.
Leia a entrevista coletiva de Marcelo Oliveira:
O que treinar para quarta-feiraSe você falar recuperar fisicamente, é descanso e o treinamento adequado até terça-feira. Terça diminui bastante o treinamento. O que eu vou treinar vocês vão ver, vai estar aberto. Precisamos melhorar primeiro a constância de jogo. Tanto hoje quanto no jogo passado o primeiro tempo foi pior do que o segundo. Fica claro que não é nenhuma dificuldade física, é mesmo um aspecto tático, técnico e emocional. Analisando os últimos gols que tomamos, sempre tem uma desatenção, como foi hoje. Não era o resultado que queríamos. Trabalhando no Palmeiras temos que estar sempre buscando vitórias, pela tradição do clube, mas pelas circunstâncias até que ficou razoável.
EmocionalQuando o jogador sai do campo em um jogo difícil como esse, o Cruzeiro bem mais armado, porque jogamos com um time desentrosado, você pode ouvir muita coisa que saia por causa da adrenalina, da emoção. Em algum momento do campeonato, nós éramos o melhor ataque e éramos a segunda ou terceira melhor defesa. De lá para cá começamos a ter algumas desatenções. Hoje estava com a defesa toda armada na hora do gol. Houve uma infelicidade. Depois, por mais que possamos pensar no mérito do jogador, era evitável aquele gol. Estamos trabalhando muito com linha de quatro, com os volantes. Vamos precisar muito de melhor organização, com esse espírito que já é bom.
O que apresentar de diferente
Vamos lembrar que eram 80 times na Copa do Brasil, e o Palmeiras é finalista. O Palmeiras não participou de um sorteio que lhe deu essa condição, ok? O Palmeiras chegou lá através de muito trabalho, jogando com três equipes tradicionais. O time está ajustado? Não, precisa melhorar, mas tem coisas boas. Jogamos bem contra o Grêmio, com o Corinthians... Não dá para você trazer só coisa ruim, chegamos por mérito nessa final. Em confronto de dois jogos precisamos estar muito concentrados. Não podemos levar gol da forma que estamos levando, doando ao adversário. Você entra contra o Atlético-PR lá, muito difícil, e leva gol com um minuto. Taticamente, nós jogamos diferente contra o Atlético-PR. Você percebeu alguma coisa? Parece que não. Não jogamos no 4-2-3-1, jogamos com o Cristaldo e o Dudu na frente. Hoje criamos dez oportunidades, com toda dificuldade de jogar com o time alternativo.
Vamos lembrar que eram 80 times na Copa do Brasil, e o Palmeiras é finalista. O Palmeiras não participou de um sorteio que lhe deu essa condição, ok? O Palmeiras chegou lá através de muito trabalho, jogando com três equipes tradicionais. O time está ajustado? Não, precisa melhorar, mas tem coisas boas. Jogamos bem contra o Grêmio, com o Corinthians... Não dá para você trazer só coisa ruim, chegamos por mérito nessa final. Em confronto de dois jogos precisamos estar muito concentrados. Não podemos levar gol da forma que estamos levando, doando ao adversário. Você entra contra o Atlético-PR lá, muito difícil, e leva gol com um minuto. Taticamente, nós jogamos diferente contra o Atlético-PR. Você percebeu alguma coisa? Parece que não. Não jogamos no 4-2-3-1, jogamos com o Cristaldo e o Dudu na frente. Hoje criamos dez oportunidades, com toda dificuldade de jogar com o time alternativo.
EntrosamentoO entrosamento hoje era natural. Por mais que treinem muito, era um time que não vinha jogando. O Nathan fez a segunda ou terceira apresentação dele, o Kelvin vinha entrando aos poucos e hoje teve que jogar o tempo todo, o Mouche da mesma forma. O time que vem jogando já tem uma base, já tem um entrosamento melhor, mas mesmo assim temos pecado na desatenção. Quase todos os jogos que perdemos, nós criamos, exceto o do Vasco. E estávamos jogando com Thiago, Robinho, Zé, Dudu e Jesus, jogadores que já jogaram juntos. Levamos dois gols evitáveis e o time se perdeu um pouco.
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